Os sistemas em cada etapa da cadeia têm de ser protegidos. Esta é uma grande vantagem, especialmente no atual cenário digital inseguro, afirma Matthew Brecher, Diretor Geral da Cathexis
Questão 1. Que papel prevê que os sistemas de vigilância desempenhem no esquema geral de segurança das organizações, no futuro?
Responda:
Penso que, a nível internacional, há uma necessidade crescente de sistemas de segurança gerais, especialmente sistemas de vigilância. Na maioria das grandes empresas e mesmo nas médias e pequenas empresas – tanto na África do Sul como no Médio Oriente – é necessária alguma forma de segurança, normalmente baseada na vigilância CCTV. Um dos aspectos interessantes da vigilância e da segurança nas empresas, atualmente, é a crescente interconectividade entre tecnologias. Isto significa que os sistemas de vigilância desempenham um papel cada vez mais importante não só na proteção de infra-estruturas e recursos, mas também na recolha de informações de segurança para coisas como informações de retalho, tempo e sistemas de presença, bem como controlo de acesso. É por isso que vejo a vigilância a crescer.
Pergunta 2. Existem soluções que permitam às empresas atualizar a sua configuração de vigilância existente?
Responda:
Sim, claro. Começámos na era analógica há 15 ou 20 anos e tivemos de atualizar a nossa própria infraestrutura para digital. Ao fazê-lo, abrimos um caminho para nos actualizarmos a nós próprios e a outras pessoas, passando de sistemas mais antigos para sistemas mais modernos. Para o efeito, permitimos a utilização de codificadores e componentes de hardware próprios e de terceiros. O facto de sermos um sistema aberto significa que podemos ser executados em qualquer sistema Windows ou Ubuntu Linux. Isto significa que os sistemas podem ser facilmente actualizados para o CathexisVision.
Pergunta 3. Numa era em que tudo é inteligente e alimentado pela IoT, como é que os sistemas de vigilância se vão tornar mais inteligentes?
Responda:
Uma das formas de o abordarmos é através da nossa API bastante poderosa, que permite que outros produtos obtenham informações do nosso software para utilizarem no seu software. Por outro lado, integramos produtos de terceiros no nosso software, o que implica pegar nas suas APIs, por precaução, e incorporar as suas informações no nosso software. Isto inclui o controlo de acesso a básculas, painéis de incêndio, sistemas de alarme, rastreio automático de matrículas, análises, reconhecimento facial, tudo isso. E isto permite-nos ser o núcleo central da Internet das Coisas. Trata-se, na verdade, de uma comunicação multidirecional: painéis de alarme de incêndio que comunicam com sistemas de controlo de acesso connosco no centro ou entre eles, utilizando esses accionadores externos para efetuar a gestão geral do vídeo, como a gravação de vídeo e o envio de alarmes. Basicamente, o nosso software pode ser acionado para executar qualquer uma das suas muitas funções avançadas com base num acionamento externo a partir de uma peça integrada de hardware ou software.
Problema 4. Que características devem as empresas ter em conta ao selecionar um sistema de vigilância para a sua organização?
Responda : Para criar um sistema de vigilância para a sua empresa, deve começar por identificar as suas necessidades. Está sempre a escolher características ou funções com base no que pensa que vai funcionar. Em geral, pode começar com o básico e depois avançar para adicionar coisas como análises ou funcionalidades avançadas com base nas necessidades identificadas.
Pergunta 5. Pode falar-nos das suas inovações e do que vai apresentar na Intersec deste ano?
Responda :
Há uma série de inovações que estamos a apresentar na Intersec deste ano. Uma das mais interessantes é o facto de termos começado a trabalhar com redes neuronais e aprendizagem automática na nossa análise. Para isso, adicionámos um sistema que pode detetar ou classificar um objeto, para que possa distinguir entre um cão e uma pessoa. E depois, poderá ainda adicionar eventos ao software utilizando isso. Por exemplo, se vir um carro ou uma pessoa e enviar um alarme, e se for um cão, ignore o alarme. Para além disso, completámos o círculo da encriptação no nosso software. E agora temos aquilo a que gosto de chamar encriptação do princípio ao fim. Sim. Começando pela câmara, a ligação da câmara ao servidor é encriptada, o controlo da câmara é encriptado, o próprio servidor e a comunicação entre os seus componentes é encriptada e a ligação do cliente ao servidor é encriptada. Assim, em cada etapa da cadeia, os sistemas têm de ser protegidos. Esta é uma grande vantagem, especialmente tendo em conta o atual cenário digital inseguro.